E quando a vida te atopela...

chega o momento de olhar para si

Onde existe amor...

existe união

A arte de fazer uma criança feliz

com a atitude de entender e ouvir

Uma boa escolha...

começa com uma mente sã

A dor do Amor que parte...

restando o amor

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sábado, 22 de dezembro de 2012

Uma geração de Distraidos



Você tem dificuldade de se concentrar, gosta de trabalhar escutando música, faz várias coisas ao mesmo tempo, abre muitas abas em seu browser, anda na rua digitando uma mensagem, e esquece rápido das coisas? Ou você é do tipo hiperativo, agitado?
Você não está sozinho. Você faz parte da nova geração que o mundo mobile criou: a geração de distraídos.
A tecnologia mobile nos permite estar conectado em todos os momentos. Somos bombardeados por informações, jogos, aplicativos, e-mails, entre notificações e mais notificações de nossos celulares. Esses objetos de desejo e adoração, também são vistos como um vício.
  • 37% de adultos e 60% de adolescentes do Reino Unido se consideram viciados em seus celulares.
  • 35% acessam a internet antes de levantar da cama.
A hiperconectividade nos leva a distração. Somos estimulados por todas as partes e acabamos por não prestando muita atenção em nada. Já não lemos textos muito compridos, esquecemos facilmente de algo porque recebemos outro tipo de estímulo.
O mundo online não é nada linear, e nossa atenção está começando a se comportar da mesma maneira. Quando digo linear, quero dizer na característica transmídia da internet, aonde podemos usar vídeos e fotos para contar histórias. Os links também representam bem esse pensamento não linear, pois permitem o leitor pular de texto para texto e, muitas vezes, nunca terminar nada.
Percebeu como vira um ciclo?
Sem atenção cai a produtividade, cai a qualidade de qualquer que seja a atividade que você está fazendo. E o que podemos fazer para resolver esse problema?
Assim como o cérebro, atenção é um músculo, algo que temos a capacidade de treinar. A geração dos distraídos também tem um lado positivo. Essa geração é ágil, dinâmica, e tem a capacidade de resolver problemas rapidamente. Não devemos deixar essas características de lado, mas também devemos treinar no cérebro a pensar em longo prazo, a focar e investir 100% em alguns momentos.
Sempre enfatizo a necessidade de desconectar-se. Desconecte-se! Comece com coisas pequenas, como tomar um banho um pouco mais demorado, ler um livro um pouco mais longo, olhar seu celular depois do café da manhã, ou quem sabe meditar? O importante é tomar uma atitude para quebrar o ciclo da distração.

Fonte: Revista Você/s.a

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Campanha Visa Reduzir Medicação Infantil


Campanha Visa Reduzir Medicação Infantil


AÇÃO DO CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA ALERTA PARA USO EXCESSIVO DE REMÉDIOS PARA DEFICIT DE ATENÇÃO EM CRIANÇAS.

PSIQUIATRAS E OUTROS ESPECIALISTAS, PORÉM, LANÇAM CARTA CONTRA INFORMAÇÕES QUE QUESTIONAM TRATAMENTO.
Mariana Versolato



Uma campanha lançada nesta semana pelo CFP (Conselho Federal de Psicologia) contra o uso excessivo de medicamentos por crianças e adolescentes para melhorar o desempenho escolar reacendeu o debate sobre odiagnóstico de deficit de atenção. 

De um lado, o conselho afirma que comportamentos "normais" de crianças, adolescentes e adultos têm sido considerados patológicos e muitas vezes são tratados desnecessariamente com remédios tarja preta.

Do outro, entidades como a ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) dizem ser contra o uso abusivo de qualquer remédio, mas afirmam que os critérios para o diagnóstico são bem definidos e o tratamento, se bem conduzido, traz benefícios aos pacientes.

O lançamento da campanha "Não à Medicalização da Vida" do conselho de psicologia foi feito durante audiência pública na Câmara dos Deputados. O Ministério da Saúde disse ser a favor da ação por defender o uso racional de todos os remédios.

Mas, em oposição, um manifesto lançado ontem por 20 instituições, como a ABP, a Sociedade Brasileira de Pediatria e grupos de pesquisas de universidades como USP, Unicamp e UFMG, repudia informações "sem cunho científico" divulgadas na mídia sobre TDAH (transtorno de deficit de atenção e hiperatividade), que afirmam que o transtorno não existe e levantam dúvidas sobre os benefícios do tratamento.



 

AUMENTO Dados da campanha mostram que, em 2000, foram consumidas 70 mil caixas de medicamentos para o tratamento de distúrbios ligados à aprendizagem.

Em 2010, o número subiu para 2 milhões. "São dados absurdos. Não entendemos que essa demanda seja legítima", diz Marilene Proença, conselheira do CFP.

Mas, segundo o psiquiatra Antonio Geraldo da Silva, presidente da ABP, estudos apontam que o transtorno atinge 5% da população, o que significa 10 milhões de pacientes com TDAH.

"Muitos estão sem tratamento. O que tem é desassistência psiquiátrica no setor público no país", afirma.
Segundo ele, esse aumento de prescrições se deve ao maior acesso de informações, que faz com que mais pessoas procurem uma avaliação, e aos próprios médicos, que passaram a fazer os diagnósticos de maneira melhor.

TRAQUINAS Proença afirma que o objetivo da campanha é esclarecer os pais dos malefícios da medicalização de comportamentos considerados inadequados pela sociedade.

"Os instrumentos de diagnósticos são duvidosos, muitos profissionais se baseiam em questionários. Qualquer criança traquina se encaixa."

Ela diz acreditar também que é preciso encontrar formas de trabalhar com a criança que tem dificuldades de aprendizado, como orientações pedagógicas e aos pais.

"Comportamento se aprende, mas com a droga a criança não cria a expectativa de resolver os problemas com novas estratégias. O remédio resolve e ocupa esse lugar."

Iane Kestelman, psicóloga, mãe de dois filhos com TDAH e presidente da Associação Brasileira de Deficit de Atenção diz, porém, que não há mais dúvidas de que existem diferenças entre o comportamento de crianças "peraltas e irrequietas" e o de crianças com o diagnóstico de TDAH.

"Isso só demonstra desconhecimento sobre o tema. Crianças que são simplesmente 'levadas' não têm prejuízos sociais em todas as áreas da vida, não respondem com um desempenho sempre abaixo do esperado. O diagnóstico é estabelecido pela intensidade, gravidade e discrepância, e nos assusta uma campanha que lança dúvidas sobre isso", afirma.

Silva diz ainda que os critérios internacionais que definem o TDAH, comprovados na literatura, são usados com entrevista clínica extensa.

Fonte: Folha de S. Paulo: Saúde+Ciência, 14 Jul, 2012. Campanha Visa Reduzir Medicação Infantil.

Uma reflexao sobre a educação e permissividade baseado nos filmes Elena e Precisamos falar sobre Kevin


Elena,( trailer) produção russa de 2011, não é nenhum filmaço. É um filme bom, sem sair da forma "estilo europeu". Um drama de poucas palavras e muitas atuações.


O que vale ressaltar no longa é o atributo da permissividade materna. Vou alongar e fazer um paralelo com outro filme, desta vez um filmaço "Precisamos falar sobre Kevin" (trailer). Os dois tratam desse  mesmo assunto: Educação e permissividade.

Pais que se vendam para não se defrontarem com o produto do seu descaso enquanto educadores, que preferem fingir que nada está acontecendo a tomarem uma atitude limitadora. Colcar-se na função paterna ou materna requer um olhar para si, para suas qualidade e defeitos, sabendo proteger quando de fato há necessidade, mas sabendo delimitar e implantar esse lugar do outro- filho-. Não é por menos que Freud, já em 1914, utilizava a expressão Sua majestade, o bebê, ou seja, os pais querem recuperar o narcisismo que vivenciaram em sua infância mediante a idealização de seus filhos.

Tema atualíssimo se pensarmos que indiscutivelmente hoje os pais precisam deixar seus filhos aos cuidados de terceiros e de uma forma compensatória, até mesmo por culpa, nos momentos que estam com seus pimpolhos acabam deixando passar aquelas situações que mereceriam  uma intervenção mais firme. De boba a criança não tem nada e ela entende a mensagem transmitida pelos pais, ou seja, "posso fazer tudo que nada irá me acontecer" Perceba essa situação ao lado, o reponsável diante desta cena, preocupa-se em registrar o momento enquanto a criança se diverte com a sua obra de arte. O que a criança entende dessa atitude do responsável é que ela fez uma coisa legal que merece uma foto.  A criança começa a crescer formar a sua personalidade e quando os pais se dão conta, muitas vezes não conseguem mais controlar a situação. Estão defrontes a uma criança rebelde, desobediente que causa um transtorno para as relações familiares. Culpa da criança?

Mas terceirizar a educação dos filhos não é crime de abandono de menor e muito menos os pais devem se culpar por isso. Alguns anos atrás existia sim uma corrente de culpabilização para pais com esse perfil. E coitada das mães que se sentiam obrigadas a abandonar suas carreiras em função dessa pressão social. Acabavam nem sendo boas mães nem boas esposas tamanha a frustração. Se destinar 24 horas do seu tempo a educação de filhos fosse a receita da educação perfeita, convenhamos que teríamos hoje uma sociedade harmoniosa, com índices de criminalidade baixos, pessoas com senso de cidadania, dentre outros benefícios.
É mito dizer que existe uma educação perfeita, uma fórmula mágica. Enquanto pais, os adultos também têm suas mazelas que se não reconhecidas por eles e  tratadas podem vir a serem reproduzidas pelos filhos e ai a cadeia se perpetua. Não se trata de genética, mas sim do que a criança percebe na linguagem verbal e  não verbal dos pais. Como falei anteriormente, os pais não precisam dizer aos filhos que não irão repreendê-los por uma situação que caberia tal medida, mas os filhos “lêem" a ação dos pais através de sua  simbologia e acabam aproveitando-se dessa "debilidade pontual".  Por outro lado, nenhuma criança nasce sabendo mentir; ela aprende observando que a mentira pode ser compensatória, seja porque toda vez que fala a verdade ela não "ganha nada com isso", ao contrário, ganha uma repreensão,  seja porque percebe que os pais falam mentirinhas inocentes para se safarem de situações.


Precisamos falar sobre Kevin trata da situação pelo viés da criança, enquanto Elena nos presenteia com essa situação já instaurada, sendo vista pelo viés dos pais, no caso, a mãe, culminando ambos na incapacidade egóica de assumir a sua função materna.

Adianto que ambos os finais são trágicos e evidentemente trata-se de uma ficção. O fundamental é que
Se 1+1+1= 3; logo,  FUNÇÃO PATERNA+ FUNÇÃO MATERNA + CRIANÇA deve ser igual a 3 personalidades distintas e cada qual sabendo o seu devido lugar na família e na sociedade.

Você pode ser um responsável exemplar, taxativo nos momentos oportunos, amoroso, acolhedor, mas não necessariamente estará isento de ter filhos com problemas comportamentais. Somos produto de traços que nos identificamos, mas sempre cabe aos responsáveis assumirem a função que escolheram para si: SEREM PAIS.

Autor: Priscila Lucas

domingo, 5 de agosto de 2012

Ansiedade e depressão reduzem expectativa de vida, mesmo em níveis leves

Ansiedade e depressão reduzem expectativa de vida, mesmo em níveis leves



Não são apenas as pessoas com altos níveis de ansiedade e depressão que devem buscar auxílio médico. Mesmo níveis leves de ansiedade e depressão devem ser combatidos para a melhoria da qualidade de vida.
Uma nova pesquisa mostra que esses transtornos psiquiátricos, ainda que em graus relativamente baixos, podem reduzir a expectativa de vida. Quanto maior o nível de sofrimento psicológico, maiores são as chances de morte por doença cardíaca e outros fatores.
A diminuição da expectativa de vida pode estar ligada não só diretamente ao transtorno psicológico, mas também por comportamentos nada saudáveis que muitas vezes acompanham a depressão e a ansiedade – como beber e fumar em excesso. Em certos casos, pessoas buscam até mesmo drogas mais pesadas para tentar diminuir seu sofrimento.
O estudo se baseou em informações fornecidas por mais de 68 mil adultos que participaram de uma pesquisa nacional de saúde na Inglaterra entre 1994 e 2004. O que mais surpreendeu os pesquisadores foi que até mesmo pessoas com níveis muito baixos de depressão e ansiedade podem estar com a saúde em risco. Pessoas que passaram noites acordadas por preocupações ou que mostraram problemas de concentração, por exemplo, foram cerca de 20% mais propensos a morrer durante um período de dez anos em comparação às pessoas que não relataram esses sintomas. 

Os números da pesquisa assustam: quem sofre com ansiedade e depressão leve foi 29% mais propenso a morrer por doenças cardíacas ou acidente vascular cerebral (AVC). Pessoas com níveis moderados de transtornos psiquiátricos tiveram 43% mais chances de morrer por qualquer causa. Altos níveis de estresse, ansiedade e depressão aumentaram em 94% as chances dos indivíduos morrerem em relação às pessoas sem esses problemas.

 

Tratamento


O Brasil é o país com a maior prevalência de depressão, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Se você sofre com a doença ou com outros transtornos, como a ansiedade e estresse, é importante buscar ajuda médica. “Há evidências de que a depressão é um fator de risco para doenças cardiovasculares”, afirma Viola Vaccarino, cardiologista e professor da Universidade Emory, nos Estados Unidos. “Este estudo é um dos muitos que encontraram este tipo de associação”.

Existem várias maneiras de lutar para combater ou minimizar a depressão e a ansiedade. Práticas como meditação, que incentivam o relaxamento, podem diminuir o risco para doenças cardíacas e pressão alta. Atividades físicas também são importantes. Além desses exercícios, muitas pessoas se sentem melhor com terapias e acompanhamento psicológico. O ideal é conversar com um médico e psicólogo experiente para descobrir a melhor maneira de aliviar sua angústia e ter mais qualidade de vida.

Fonte: [WebMD/Yahoo/Galileu]

Pedófilos convencem crianças a fazer sexo online em 8 minutos

Pedófilos convencem crianças a fazer sexo online em 8 minutos


Especialistas em crimes virtuais afirmam que pedófilos online possuem uma série de técnicas para “quebrar o gelo” com crianças de até 12 anos.
O tempo total até que o sexo saia apenas da conversa e se torne algo real: oito minutos.
  • Como manter seus filhos seguros na internet
O estudo, da Universidade Middlesex, de Londres, durou quatro anos e descobriu que após três minutos de conversa online, o pedófilo já conseguia mudar o tema da conversa para tópicos sexuais. Cinco minutos depois, um laço já havia sido formado, mesmo que a atmosfera seja “tranquila e inocente”.
Os pesquisadores comentam que, entre as “características mais comuns e alarmantes”, está a revelação de que a maior parte dos pedófilos acredita que na internet “tudo é aceitável”.
“A maior parte dos pedófilos virtuais enxerga a internet como um local seguro, onde todas as formas de comportamento são permitidas, incluindo o abuso infantil”, afirma a autora do estudo, Elena Martellozzo.
O trabalho surgiu com base em acesso ao arquivo da polícia. Elena descobriu que muitos dos acusados justificam suas ações afirmando que “estão ajudando a crianças a aprender sobre sexo”, e dois terços deles se expõe usando uma webcam.
“Esse tipo de comportamento online é geralmente diferente no ‘mundo real’. Isso porque os pedófilos passam menos tempo conversando para chegar logo ao ponto. Isso também sugere que a internet remove inibições que acontecem cara a cara”, afirma a pesquisadora.
Ela salienta que os pais devem cuidar das crianças no espaço virtual da mesma maneira que cuidam no mundo real. “As crianças fazem coisas online que geralmente não fariam normalmente, incluindo divulgar fotos sem sentir vergonha”.
“Eu já discuti comportamento online com centenas de crianças e muitas não se dão conta de que tudo que fazem online deixa uma marca que vai estar lá para sempre”, finaliza.

Fonte:http://hypescience.com/

segunda-feira, 2 de julho de 2012

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Psicofobia é crime

Fonte: Jornal impresso O Globo 24/06/2012

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Psicólogo Critica Passividade de Pais Diante de Vício de Crianças em TV

Gerações de crianças correm o risco de ficar viciadas em televisão, computadores e outros aparelhos eletrônicos, alertou um psicólogo britânico. Durante uma conferência do Royal College of Paediatrics and Child Health que aconteceu nesta semana em Glasgow, na Escócia, o psicólogo Aric Sigman pediu que pais retomem o controle de seus lares.

Ele recomendou que a idade mínima para a primeira exposição da criança a uma tela seja de três anos de idade."Ser um pai passivo em relação às novas mídias é uma forma de negligência e não atende aos interesses das crianças".Em sua pesquisa, Sigman coletou e analisou resultados de estudos em áreas como cardiologia, neurofarmacologia e obesidade infantil. Segundo o especialista, quando completar sete anos de idade, uma criança nascida hoje terá passado o equivalente a um ano inteiro, 24 horas por dia, em frente a alguma tela. Altos índices de exposição às telas quando a criança é pequena tendem a resultar em um estilo de vida com maior exposição às telas na vida adulta, disse. Sigman citou também estudos que associaram o hábito de ver TV ou outras telas a riscos maiores de que a pessoa desenvolva diabetes e doenças cardiovasculares. Doenças que, por sua vez, estão relacionadas a maiores índices de mortalidade.
Alterações Neurológicas

Durante sua palestra, Sigman citou estudos demonstrando que os estímulos oferecidos na tela levam à liberação do neurotransmissor dopamina no cérebro da pessoa que a assiste. Sabe-se, por exemplo, que os índices da substância sobem rapidamente no cérebro de pessoas que jogam videogames.

"A dopamina está fortemente associada à sensação de prazer e tem papel fundamental na formação e manutenção de vícios", disse Sigman.

Ele explicou que a herança genética de um indivíduo influencia a forma como a dopamina é produzida e usada em seu organismo. Portanto, a suscetibilidade de uma pessoa à dependência e vícios também tem um componente genético.

Por outro lado, disse Sigman, períodos prolongados jogando games podem produzir alterações neurológicas de longo prazo nos cérebros das crianças. Essas alterações se assemelham aos efeitos da dependência por substâncias.

"Aumentar a liberação diária de dopamina em reação a horas na frente de jogos de computador e outras telas está se tornando uma possibilidade real, com consequências sérias", alertou.
O Papel dos Pais

Estudos europeus revelaram que muitos pais com crianças pequenas não têm regras formais sobre a quantidade de horas que os filhos podem passar em frente à TV ou no computador.

Na Grã-Bretanha, adolescentes passam hoje em média 6,1 horas por dia em frente a uma tela. E esse índice está subindo.

Crianças britânicas com idade entre 10 e 11 anos têm hoje acesso a cerca de cinco telas em suas casas, e com frequência assistem a duas ou mais telas simultaneamente.

De acordo com as estatísticas, pais que mantêm altos índices de interação com telas (como iPads e iPhones) na presença de seus filhos tendem a influenciar os filhos a adotar comportamentos semelhantes.

Recomendações

Para evitar os riscos de uso excessivo de telas e dependência, Sigman e seus colegas sugerem que a idade mínima para a primeira exposição da criança às telas seja 3 anos de idade.

Os especialistas também recomendam diminuir a frequência e duração dos períodos de exposição e reduzir a disponibilidade das telas, especialmente no quarto.

Os pais também devem ficar conscientes de que seus próprios hábitos irão influenciar os hábitos de seus filhos.

Fonte: Estadao.com.br

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Você é o que parece? Julgamentos imediatos são frequentemente errados por ter como base estereótipos e subterfúgios mentais

Ao conhecermos uma pessoa imediatamente a avaliamos e julgamos – muitas vezes de forma inconsciente. Por que fazemos isso? A pesquisadora Amy Cuddy, professora titular da Escola de Administração de Empresas de Harvard e os psicólogos Susan Fiske e Peter Glick, das universidades de Princeton e Law­rence, respectivamente, desenvolveram uma teoria que pode explicar esse comportamento. Eles afirmam que, aparentemente, julgamos os outros de acordo com dois quesitos: calor humano (se as pessoas são simpáticas e bem-intencionadas) e competência (se têm a capacidade de transmitir essas intenções). Em geral, admiramos e auxiliamos mais prontamente aqueles que demonstram as duas características e costumamos menosprezar pessoas frias e incompetentes. Os avaliados como competentes porém frios – muitos deles pertencentes a grupos já estereotipados, como judeus, asiáticos e ricos – provocam inveja e repulsa. Já os considerados calorosos porém incompetentes – como mães e idosos – despertam piedade e carinho.


No entanto, novas pesquisas mostram que julgamentos imediatos são frequentemente errados por terem como base estereótipos imperfeitos e subterfúgios mentais. Recentemente, o psicólogo Nicolas Kervyn e seus colegas da Universidade de Princeton publicaram resultados de uma pesquisa que revela como tiramos essas conclusões precipitadas. Para isso, os pesquisadores mostraram a voluntários dois grupos de pessoas: um deles parecia afetuoso e o outro, frio. Os participantes presumiram que os mais calorosos eram menos competentes; da mesma forma, quando sabiam previamente que um grupo era competente e o outro não, faziam perguntas cujas respostas confirmavam essa premissa. De acordo com o pesquisador, um traço forte na personalidade pode demonstrar fraqueza em outras áreas.


Esse “efeito compensatório” que ocorre quando comparamos as pessoas em grupo, em vez de avaliarmos cada uma individualmente, confirma o já conhecido conceito da psicologia social, o “efeito halo” – quando há forte demonstração de uma característica positiva, isso significa que há mais virtudes presentes. Ambos, entretanto, figuram entre erros cometidos frequentemente: em geral, acreditamos que aqueles que ocupam status maior são competentes mesmo que isso não tenha sido conquistado e seja, por exemplo, decorrência de sucessão familiar ou alianças políticas. Ao julgar o calor humano, a rivalidade cumpre seu papel: “Se alguém é seu concorrente, automaticamente concluímos que essa é uma pessoa má”, observa. A boa notícia é que se você pertence a um grupo estereotipado ou se sabe como os outros o veem, tem possibilidade de tentar mudar a sua imagem. Um político competente visto como frio, por exemplo, pode tentar se comunicar melhor com seus eleitores. “Afinal de contas, somos todos calorosos ou competentes em alguma área de nossa vida”, enfatiza Amy.

Fonte: Mente e cerebro

Pense rápido! Raciocinar de forma veloz pode melhorar o humor


Quando alguém tem um dia ruim, geralmente recebe conselhos para imaginar coisas boas e positivas. Um novo estudo, porém, mostra que na verdade a solução pode ser pensar de forma veloz. Durante o estudo, pesquisadores das Universidades Harvard e de Princeton, nos Estados Unidos, pediram a voluntários que criassem em dez minutos o maior número possível de ideias (boas ou ruins) para solucionar um problema. Em outros experimentos os participantes deveriam ler um texto rapidamente ou assistir a um videoclipe em ritmo acelerado.

Após analisarem os resultados, os pesquisadores observaram que a agilidade de pensamento fez as pessoas se sentirem mais exultantes, criativas e, em menor grau, mais enérgicas e poderosas. “Atividades que promovem o raciocínio rápido, como resolver palavras cruzadas fáceis ou refletir por pouco tempo sobre uma ideia, podem melhorar o humor”, reforça a psicóloga Emily Pronin, a autora do trabalho.


Não está claro, ainda, por que os pensamentos acelerados afetam o humor, mas normalmente as pessoas acham que raciocinar rápido é sinal de felicidade. Essa crença pode levar a uma dedução instintiva: se estamos pensando rápido, devemos estar contentes. Além disso, há trabalhos que indicam que tal atitude aciona a liberação de dopamina, envolvida em sensações de prazer e bem-estar. Os pesquisadores concordam que a alegria obtida com pensamentos rápidos pode ser transitória, mas afirmam que “pequenas explosões”, diversas vezes ao dia, resultam em ganho emocional.

Fonte: Mente e cerebro

Cura pela palavra:Psicoterapia pode reorganizar circuitos neurais

Uma das principais críticas às ideias de Sigmund Freud sobre o funcionamento da mente é a suposta ausência de comprovação científica, apesar dos resultados práticos no tratamento do sofrimento psíquico e seus sintomas. No entanto, os avanços na técnica de neuroimageamento têm possibilitado o estudo dos efeitos cerebrais do método da “cura pela palavra”.

Duas pesquisas, da Universidade de Amsterdã e da Universidade de São Paulo (USP), mostram que a psicanálise e a psicoterapia causam alterações em áreas neurais relacionadas à tomada de decisões e ao controle das emoções. Pesquisadores holandeses registraram durante quarto meses a atividade cerebral de 35 voluntários diagnosticados com transtorno de estresse póstraumático (TEPT). Parte deles frequentou sessões de psicanálise e o restante não passou por nenhum tipo de psicoterapia. As imagens revelaram que o grupo que fez o tratamento apresentou maior atividade no córtex pré-frontal. Além disso, os pacientes mostraram- se menos aflitos ao falar sobre suas recordações e relataram menor frequência de pesadelos e pensamentos recorrentes.



O outro estudo, do Instituto de Psicologia da USP, avaliou os resultados da terapia cognitiva (TCC) e obteve dados parecidos. O psicólogo Julio Peres acompanhou por dois meses o tratamento de 16 voluntários com TEPT submetidos a sessões semanais de psicoterapia de exposição e reestruturação cognitiva, que consiste em confrontar o paciente com sua experiência traumática e estimulá-lo a reavaliar o próprio medo.
As neuroimagens registradas ao longo do experimento mostraram que a atividade da amígdala – região relacionada à vigilância, à percepção de ameaça e às emoções – diminuiu em comparação com o grupo de controle, formado por 11 pessoas. Esse experimento indica que o tratamento pode modificar circuitos neurais. Segundo Peres, as alterações concentram-se em áreas relacionadas a dores e dificuldades, o que evidencia o potencial terapêutico da psicoterapia.

Fonte: 
Revista Mente e Cerebro

terça-feira, 17 de abril de 2012

Psicopatologias da vida cotidiana

Calma!
Não é porque voce é um desses que pode ser considerado masoquista. Porém, comportamentos quando potencializados requerem avaliação.

Psicoterapia breve


 A fim de poder democratizar o atendimento psicoterápico, a psicoterapia  breve nos últimos tempos, tem se configurado como uma boa opção também em consultórios, pois ela já é largamente utilizada na saúde coletiva e na saúde do trabalhador. Isso se deve a demanda dos pacientes, que muitas vezes buscam ajuda para problemas específicos,mas não têm condições ou motivação para se envolver num processo psicoterápico prolongado, como a Psicanálise clássica ou tradicional.
 Lançadas a partir da preocupação de alguns psicanalistas em encontrar formas de abreviar o sofrimento de seus pacientes, as sementes da psicoterapia breve germinaram e se desenvolveram. Se no início do século o próprio Freud já demonstrava sua preocupação com o que chamou de “miséria neurótica”(1919), o que dizer, então, de nossa chamada “pósmodernidade”?
 
A complexidade  das pressões sociais, econômicas, políticas e as dificuldades de toda ordem às quais o ser humano é submetido, especialmente nas grandes metrópoles, cria um ambiente muito propício à pesquisa de formas de tratamento com aplicabilidade mais abrangente e menos onerosa. Quando se fala em psicoterapia breve (que daqui em diante poderá ser referida no texto como PB), imediatamente vem à tona a questão do tempo, uma vez que o “breve”, aqui, é definido em comparação a um trabalho considerado “longo”, no caso a psicanálise. Mas não é só o tempo de duração que diferencia estas formas de trabalho. A PB é uma intervenção terapêutica com tempo e objetivos limitados. Os objetivos são estabelecidos a partir de uma compreensão diagnóstica do paciente e da delimitação de um foco, considerando-se que esses objetivos sejam passíveis de serem atingidos num espaço de tempo limitado (que pode ser ou não preestabelecido), através de  determinadas estratégias clínicas. 

Assim, as PB estão, em termos técnicos, alicerçadas num tripé:  foco, estratégias e objetivos.
 

Um pouco da história:
Os estudos sobre as origens das psicoterapias breves costumam citar Freud como um de seus precursores (Malan, 1963; Cramer, 1974; Gilliéron, 1983a, 1983b; Braier, 1984; Sifneos, 1984; Messer & Warren, 1995), uma vez
que seus primeiros tratamentos dificilmente ultrapassavam um ano de duração, e vários foram realizados em apenas algumas horas. É possível encontrar algumas semelhanças entre essa forma de trabalho e algumas propostas da PB atual: Freud buscava a remissão de sintomas através da análise e compreensão de sua etiologia, em casos de pacientes com queixas específicas, e assumia, como terapeuta, uma atitude mais ativa. Esta aparente semelhança, no entanto, encerra diferenças significativas, especialmente porque o método catártico, utilizado na época por Freud, não levava em conta certas noções às quais ele só chegaria posteriormente, e que têm lugar importante nas técnicas de hoje. Referimo-nos especialmente à transferência e a uma análise mais sofisticada das resistências. Além disso, não se busca, nas PB atuais, como fazia Freud, a cura através do método catártico, ou seja, de tornar conscientes as memórias traumáticas reprimidas, com a ab-reação dos afetos a elas relacionados.
 
Com o decorrer do tempo, no entanto, a mudança do interesse de Freud, do tratamento de sintomas neuróticos para a compreensão da natureza do inconsciente e da personalidade; o fato de ter recorrido a uma explicação metapsicológica do funcionamento psíquico; a mudança do método catártico para a associação livre e a importância atribuída à neurose de transferência levaram a um prolongamento cada vez maior do processo de análise.
 
Embora Freud tenha por diversas vezes manifestado sua preocupação com esse prolongamento excessivo e a princípio encorajado algumas iniciativas para abreviá-lo, ele próprio não buscou formas de diminuir a duração da análise, e acabou por criticar a iniciativa de seus discípulos, por diversas razões.
 
Ainda durante a vida de Freud alguns psicanalistas tentaram introduzir modificações teóricas e técnicas no processo psicanalítico, visando abreviá-lo, especialmente Ferenczi e Rank. Acreditavam que abreviar o processo terapêutico, não era primordialmente uma questão social ou econômica, mas sim técnica: uma forma de frustrar a dependência e levar o paciente a abandonar as posições infantis em benefício de uma adaptação adulta.

Rank deixou contribuições significativas para a PB, como o estabelecimento prévio de uma data para o término da análise e o conceito de “willtherapy”, que, segundo Marmor (1979), é um precursor do conceito de “motivação para mudança”, considerado atualmente como um dos importantes critérios de indicação para tratamentos breves. Alexander e French (1946),retomaram as tentativas de abreviar o processo analítico, e seu trabalho é considerado por diversos autores como o verdadeiro marco inicial da psicoterapia breve. Enfatizaram, como Ferenczi, a experiência emocional mais do que a rememoração, e viam a cura como uma experiência em que a atitude do analista, diferente da dos pais, permite uma correção da relação infantil.

 Bibliografia:

Tomiatto de Oliveira.Irani.PSICOTERAPIA PSICODINÂMICA BREVE: DOS PRECURSORES AOS MODELOS ATUAIS. Universidade Presbiteriana Mackenzie.1999

terça-feira, 10 de abril de 2012

Fobia social e Timidez


Fragmentos de alguns casos

1º caso: O telefone toca e do outro lado uma voz esmorecida sem rodeios perguntava o valor da sessão. Por um momento achei que estava falando com uma criança de uns 10 anos, quando me surpreendo em saber que se tratava de um rapaz de 22 anos.


2º caso: Aos 2 anos quando alguma visita chegava em casa, ele tratava de se esconder por entre as pernas de seus pais, parava de falar e quando todos estavam distraídos, sorrateiramente dirigia-se para um cômodo da casa onde pudesse ficar sozinho. Aos 16 apaixona-se por uma menina e quando os seus olhares se cruzam, imediatamente fica ruborizado . Não pode mais esconder-se nas pernas de seus pais, como forma de buscar confiança. Agora sente-se inseguro, com dificuldades para conversar com as pessoas e temeroso com tudo.


3º caso: "Os primeiros sintomas de ansiedade excessiva surgiram por volta dos 15 anos. Na escola, tinha taquicardia e tremores antes de apresentar trabalhos na frente dos colegas e isso afetou meu desempenho.

4º caso: “Nas rodas de amigos, eu ficava calada e, se alguém me dirigia uma pergunta, ficava vermelha de vergonha. Tinha medo de ser criticada se precisasse concordar ou discordar com a opinião de alguém. Temia também dizer não às pessoas, achando que seria desagradável”.


5º caso: A sua queixa inicial ao procurar a terapia era de consumismo exacerbado. De imediato, foi constatado que se tratava de mais um caso de fobia social, no qual o paciente comprava compulsivamente porque não conseguia dizer "NÂO" aos vendedores.


6º Caso: “ Gastava muito dinheiro com taxis no transporte de minha mãe cadeirante, por isso resolvi comprar um carro. Gastei toda a minha poupança nesse investimento, para ele não sair da garagem por mais de 1 ano. Perdi minha poupança, minha dignidade e ainda continuava gastando dinheiro com taxi.”

7º caso: Até os 6 anos de idade, passava longos períodos sozinha em seu quarto desenhando e assistindo televisão. Sua mãe incentivava esse comportamento ainda mais depois do nascimento do segundo filho. Quando a menina pedia para levar alguma amiguinha para casa, a mãe não deixava. Seu primeiro sintoma de fobia social apareceu nos relacionamentos. Chegou aos 40 anos virgem e solteira. Não consegue estabelecer laços de amizade reais. Somente alguns pela internet. Não consegue se estabelecer em emprego nenhum. 



Pensemos em uma pessoa que precisa fazer uma apresentação oral. A situação em si desencadeia uma ansiedade  e alguns sintomas como: bolo na garganta, rubor ou palidez, garganta seca, vontade de fugir...

Essa pessoa acima é tímida ou sofre de fobia social?

Como então diferenciar timidez de fobia social?


Falar de timidez e fobia social significa falar de ansiedade. Denominado transtorno de ansiedade social, a fobia social se caracteriza por uma ansiedade excessiva sentida quando se é observado,desencadeando uma serie de sintomas.
De acordo com o  DSM-IV, a fobia social (Distúrbio de Ansiedade Social) é caracterizada por um medo acentuado e persistente de uma ou mais situações sociais ou de desempenho. A pessoa teme agir de um modo ou mostrar sintomas de ansiedade que lhe sejam humilhantes e embaraçosos, sendo que a exposição à situação social temida provoca uma resposta de ansiedade intensa que pode chegar a um ataque de pânico. A pessoa geralmente evita essas situações ou as suporta com intenso sofrimento. A fobia social apresenta significativa interferência nas rotinas de trabalho, acadêmicas e sociais e/ou sofrimento acentuado.

Como podemos entender a fobia social?
Ela pode ser dividida em dois tipos
Generalizada:
o portador tem medo de quase todo o tipo de contato social, como assinar o nome em documentos, ir a festas e participar de reuniões. É o tímido patológico.
Circunscrita: o paciente pode ser extrovertido em certos casos, mas teme situações sociais específicas, como falar em público ou comer perto de estranhos —nesse último caso, é comum apelar primeiro ao álcool, para vencer a timidez, e só depois começar a refeição.

Uma pessoa tímida pode vir a ser um fóbico social?
Existe uma linha muito tênue que separa um do outro.Tudo dependerá da intensidade da ansiedade. Quando essa timidez compromete a vida da pessoa, seja para começar a namorar, escrever diante de uma pessoa, telefonar, trabalhar, ai sim podemos pensar que se esta caminhando para uma fobia social. A essência da fobia é o medo de ser avaliado pelos outros.

Se é assim, em algum momento da vida, todos nós já não fomos um fóbico social?
Porque se pensarmos em algum momento da vida, todos nós ficamos com medo de falar em publico e nos acharem ridículos. Sim,a ansiedade faz parte do ser humano Toda a situação tem um grau de ansiedade.Entretanto, o agravante é se essa ansiedade faz com que a pessoa comece a evitar a situação. É justamente essa ansiedade tamanha que o diferencia do tímido. Existem determinados compromissos que são inevitáveis, como o ato cívico de votar. "Há casos de fóbicos que não vão votar por terem que assinar o nome na frente do mesário", conta Antonio Egidio Nardi¹.

Essa evitação nem sempre é consciente. Daí surgem os problemas de autossabotagem.

Medo de dirigir pode ser uma fobia social?
Se você não dirige porque tem medo do que as pessoas vão pensar ou falar a seu respeito caso o carro venha a  morrer,caso você não consiga estacionar, ai sim pode ser uma fobia social.(6ºcaso)

Existe uma faixa etária para se manifestar?
É bom que os pais observem seus filhos. As crianças muito choronas,medrosas e receosas  com o contato social merecem atenção especial.
É importante que os pais incentivem o contato social, mesmo que em um primeiro momento haja uma resistencia. O fato é que essa patologia evolui para a vida adulta, tornando-se crônica e comprometendo a vida dessa pessoa.(7º caso )

A pessoa que tem fobia social necessariamente foi uma criança tímida?
Pesquisa mostram que normalmente foram crianças mais retraídas, com uma auto imagem negativa e que desenvolveram baixa autoestima, evoluindo para a construção de um adulto com  alguns sintomas bem característicos: São pessoas que tendem a nunca quererem desagradar ninguém, que são muito submissas com grande  dificuldade em falar “não”.( 1º 2º 4º 5º casos)


Falar que uma criança é retraída ou quieta é o mesmo que dizer que ela é tímida?
A sociedade valoriza e incentiva uma criança com comportamento quieto, que não dê trabalho aos adultos, mas é importante olhar para o quanto “quietinho é essa criança” Uma criança assim pode estar desenvolvendo um comportamento patológico de necessidade de agradar as outras pessoas com a fantasia de que desta forma será mais amada  e ou avaliado positivamente. O fóbico social tem um medo muito grande de ser avaliado negativamente por ser muito sensível a critica.
Vale destacar que  para diagnosticar fobia social em crianças é fundamental observar se a ansiedade ocorre com grupo de iguais, e não somente na interação com adultos. Isto por que muitas crianças uma vez ou outra são tímidas e inibidas em frente de adultos. (2º caso)

Em uma situação de exposição, como se comporta um fóbico?
Um funcionário apresenta um projeto para seu chefe e esse faz suas ponderações, positivas e negativas. O fóbico social, fica remoendo os aspectos negativos , se achando estúpido , culpado e esquece dos aspectos positivos. Ele só consegue pensar nos aspectos negativos, aumentando ainda mais o seu sentimento de culpa.
Mas o pior problema decorrente da fobia social é a ansiedade antecipada. A pessoa começa a sofrer a partir do momento em que recebe a notícia de um compromisso do qual não poderá escapar. Não adianta treinar ou se preparar para o evento, a ansiedade não passa. Pior: tende a aumentar à medida em que o compromisso se aproxima. O fóbico social sofre sempre "antes e durante", às vezes por longos períodos.

De acordo com o progresso do tratamento a pessoa vai conseguindo retomar a sua vida social?
Antonio Egidio Nardi¹, também aponta que Era de se esperar que, com o tratamento, o fóbico social ampliasse seus relacionamentos sociais, mas o fóbico acaba reduzindo seu círculo de amizades à medida em que vai se sentindo melhor.
Isso acontece porque o fóbico vive por vezes cercado de oportunistas e "chatos" que se aproveitam do fato de ele não ser capaz de dizer um simples "não" — esse tipo de pessoa aproveita a fraqueza do outro para pedir favores ou dinheiro emprestado, por exemplo. O fóbico não consegue nem dizer não a um vendedor, o que faz com que seja confundido com um comprador compulsivo, quando, na verdade, o problema é o medo de impor sua vontade.( 5º caso)
Com a recuperação da auto-estima depois do tratamento, o fóbico social passa a rever esse tipo de amizade, afastando-se do oportunistas. "Muitas vezes, depois do tratamento, o fóbico chega a abandonar o companheiro com quem vive há anos", acrescenta Nardi¹.

TABELA 1
Diferenças entre fobia social e timidez.
VARIÁVEIS
FOBIA SOCIAL
TIMIDEZ
AUTORES
Inicio
Adolescência
1-2 anos
Turner et al., 1990
Curso
Crônico
Transitório
Zimbardo et al., 1975
Amies et al., 1983
Brunch et al., 1986
Tuner y Beidel, 1989
Turner et al., 1990
Nível de incapacidade social
Alto
Moderado
Turner et al., 1990
Cervera et al., 1998
Interferência nas atividades diárias
Alto
Baixo
López-Ibor y Gutiérrez, 1997
Situações temidas
Limitadas e não limitadas
Não limitadas
D.S.M..- IV, 1994
Condutas de evitação
Frequentes e  graves
Pouco frequenntes
Turner et al., 1990

TABELA 2
Semelhanças entre fobia social e timidez
VARIÁVEIS
AUTORES
Baixa qualidade de vida
Bech y Angst, 1996
Sintomas de ansiedade somática: rubor, tensião muscular, palpitações, tremores e sudorese
Turner et al, 1990
Bech y Angst, 1996
Síntomas de ansiedade cognitiva: medo de avaliações negativas  que possam ser feitas sobre si e receio dos contatos social
Turner et al., 1990


Bibliografia:  
 ASPECTOS COGNITIVOS, EMOCIONALES, GENÉTICOS Y DIFERENCIALES DE LA TIMIDEZ
Autores: Cano Vindel, A.; Pellejero, M.; Ferrer, M. A.; Iruarrizaga, I. y Zuazo, A.
Universidad Complutense de Madrid (Spain)

DSM IV Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (American Psychiatric Association, 2002)


Organização Mundial da Saúde (OMS). CID-10 ¾ Classificação Internacional de Doenças, décima versão. Genebra: Organização Mundial da Saúde; 1992.  

Citação
 
1-Psiquiatra Pesquisador e professor titular da UFRJ em  Entrevista a Marie Claire- 2002.Acesso em Abril de 2012. http://revistamarieclaire.globo.com/