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A arte de fazer uma criança feliz

com a atitude de entender e ouvir

Uma boa escolha...

começa com uma mente sã

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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Psicólogo Critica Passividade de Pais Diante de Vício de Crianças em TV

Gerações de crianças correm o risco de ficar viciadas em televisão, computadores e outros aparelhos eletrônicos, alertou um psicólogo britânico. Durante uma conferência do Royal College of Paediatrics and Child Health que aconteceu nesta semana em Glasgow, na Escócia, o psicólogo Aric Sigman pediu que pais retomem o controle de seus lares.

Ele recomendou que a idade mínima para a primeira exposição da criança a uma tela seja de três anos de idade."Ser um pai passivo em relação às novas mídias é uma forma de negligência e não atende aos interesses das crianças".Em sua pesquisa, Sigman coletou e analisou resultados de estudos em áreas como cardiologia, neurofarmacologia e obesidade infantil. Segundo o especialista, quando completar sete anos de idade, uma criança nascida hoje terá passado o equivalente a um ano inteiro, 24 horas por dia, em frente a alguma tela. Altos índices de exposição às telas quando a criança é pequena tendem a resultar em um estilo de vida com maior exposição às telas na vida adulta, disse. Sigman citou também estudos que associaram o hábito de ver TV ou outras telas a riscos maiores de que a pessoa desenvolva diabetes e doenças cardiovasculares. Doenças que, por sua vez, estão relacionadas a maiores índices de mortalidade.
Alterações Neurológicas

Durante sua palestra, Sigman citou estudos demonstrando que os estímulos oferecidos na tela levam à liberação do neurotransmissor dopamina no cérebro da pessoa que a assiste. Sabe-se, por exemplo, que os índices da substância sobem rapidamente no cérebro de pessoas que jogam videogames.

"A dopamina está fortemente associada à sensação de prazer e tem papel fundamental na formação e manutenção de vícios", disse Sigman.

Ele explicou que a herança genética de um indivíduo influencia a forma como a dopamina é produzida e usada em seu organismo. Portanto, a suscetibilidade de uma pessoa à dependência e vícios também tem um componente genético.

Por outro lado, disse Sigman, períodos prolongados jogando games podem produzir alterações neurológicas de longo prazo nos cérebros das crianças. Essas alterações se assemelham aos efeitos da dependência por substâncias.

"Aumentar a liberação diária de dopamina em reação a horas na frente de jogos de computador e outras telas está se tornando uma possibilidade real, com consequências sérias", alertou.
O Papel dos Pais

Estudos europeus revelaram que muitos pais com crianças pequenas não têm regras formais sobre a quantidade de horas que os filhos podem passar em frente à TV ou no computador.

Na Grã-Bretanha, adolescentes passam hoje em média 6,1 horas por dia em frente a uma tela. E esse índice está subindo.

Crianças britânicas com idade entre 10 e 11 anos têm hoje acesso a cerca de cinco telas em suas casas, e com frequência assistem a duas ou mais telas simultaneamente.

De acordo com as estatísticas, pais que mantêm altos índices de interação com telas (como iPads e iPhones) na presença de seus filhos tendem a influenciar os filhos a adotar comportamentos semelhantes.

Recomendações

Para evitar os riscos de uso excessivo de telas e dependência, Sigman e seus colegas sugerem que a idade mínima para a primeira exposição da criança às telas seja 3 anos de idade.

Os especialistas também recomendam diminuir a frequência e duração dos períodos de exposição e reduzir a disponibilidade das telas, especialmente no quarto.

Os pais também devem ficar conscientes de que seus próprios hábitos irão influenciar os hábitos de seus filhos.

Fonte: Estadao.com.br

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Você é o que parece? Julgamentos imediatos são frequentemente errados por ter como base estereótipos e subterfúgios mentais

Ao conhecermos uma pessoa imediatamente a avaliamos e julgamos – muitas vezes de forma inconsciente. Por que fazemos isso? A pesquisadora Amy Cuddy, professora titular da Escola de Administração de Empresas de Harvard e os psicólogos Susan Fiske e Peter Glick, das universidades de Princeton e Law­rence, respectivamente, desenvolveram uma teoria que pode explicar esse comportamento. Eles afirmam que, aparentemente, julgamos os outros de acordo com dois quesitos: calor humano (se as pessoas são simpáticas e bem-intencionadas) e competência (se têm a capacidade de transmitir essas intenções). Em geral, admiramos e auxiliamos mais prontamente aqueles que demonstram as duas características e costumamos menosprezar pessoas frias e incompetentes. Os avaliados como competentes porém frios – muitos deles pertencentes a grupos já estereotipados, como judeus, asiáticos e ricos – provocam inveja e repulsa. Já os considerados calorosos porém incompetentes – como mães e idosos – despertam piedade e carinho.


No entanto, novas pesquisas mostram que julgamentos imediatos são frequentemente errados por terem como base estereótipos imperfeitos e subterfúgios mentais. Recentemente, o psicólogo Nicolas Kervyn e seus colegas da Universidade de Princeton publicaram resultados de uma pesquisa que revela como tiramos essas conclusões precipitadas. Para isso, os pesquisadores mostraram a voluntários dois grupos de pessoas: um deles parecia afetuoso e o outro, frio. Os participantes presumiram que os mais calorosos eram menos competentes; da mesma forma, quando sabiam previamente que um grupo era competente e o outro não, faziam perguntas cujas respostas confirmavam essa premissa. De acordo com o pesquisador, um traço forte na personalidade pode demonstrar fraqueza em outras áreas.


Esse “efeito compensatório” que ocorre quando comparamos as pessoas em grupo, em vez de avaliarmos cada uma individualmente, confirma o já conhecido conceito da psicologia social, o “efeito halo” – quando há forte demonstração de uma característica positiva, isso significa que há mais virtudes presentes. Ambos, entretanto, figuram entre erros cometidos frequentemente: em geral, acreditamos que aqueles que ocupam status maior são competentes mesmo que isso não tenha sido conquistado e seja, por exemplo, decorrência de sucessão familiar ou alianças políticas. Ao julgar o calor humano, a rivalidade cumpre seu papel: “Se alguém é seu concorrente, automaticamente concluímos que essa é uma pessoa má”, observa. A boa notícia é que se você pertence a um grupo estereotipado ou se sabe como os outros o veem, tem possibilidade de tentar mudar a sua imagem. Um político competente visto como frio, por exemplo, pode tentar se comunicar melhor com seus eleitores. “Afinal de contas, somos todos calorosos ou competentes em alguma área de nossa vida”, enfatiza Amy.

Fonte: Mente e cerebro

Pense rápido! Raciocinar de forma veloz pode melhorar o humor


Quando alguém tem um dia ruim, geralmente recebe conselhos para imaginar coisas boas e positivas. Um novo estudo, porém, mostra que na verdade a solução pode ser pensar de forma veloz. Durante o estudo, pesquisadores das Universidades Harvard e de Princeton, nos Estados Unidos, pediram a voluntários que criassem em dez minutos o maior número possível de ideias (boas ou ruins) para solucionar um problema. Em outros experimentos os participantes deveriam ler um texto rapidamente ou assistir a um videoclipe em ritmo acelerado.

Após analisarem os resultados, os pesquisadores observaram que a agilidade de pensamento fez as pessoas se sentirem mais exultantes, criativas e, em menor grau, mais enérgicas e poderosas. “Atividades que promovem o raciocínio rápido, como resolver palavras cruzadas fáceis ou refletir por pouco tempo sobre uma ideia, podem melhorar o humor”, reforça a psicóloga Emily Pronin, a autora do trabalho.


Não está claro, ainda, por que os pensamentos acelerados afetam o humor, mas normalmente as pessoas acham que raciocinar rápido é sinal de felicidade. Essa crença pode levar a uma dedução instintiva: se estamos pensando rápido, devemos estar contentes. Além disso, há trabalhos que indicam que tal atitude aciona a liberação de dopamina, envolvida em sensações de prazer e bem-estar. Os pesquisadores concordam que a alegria obtida com pensamentos rápidos pode ser transitória, mas afirmam que “pequenas explosões”, diversas vezes ao dia, resultam em ganho emocional.

Fonte: Mente e cerebro

Cura pela palavra:Psicoterapia pode reorganizar circuitos neurais

Uma das principais críticas às ideias de Sigmund Freud sobre o funcionamento da mente é a suposta ausência de comprovação científica, apesar dos resultados práticos no tratamento do sofrimento psíquico e seus sintomas. No entanto, os avanços na técnica de neuroimageamento têm possibilitado o estudo dos efeitos cerebrais do método da “cura pela palavra”.

Duas pesquisas, da Universidade de Amsterdã e da Universidade de São Paulo (USP), mostram que a psicanálise e a psicoterapia causam alterações em áreas neurais relacionadas à tomada de decisões e ao controle das emoções. Pesquisadores holandeses registraram durante quarto meses a atividade cerebral de 35 voluntários diagnosticados com transtorno de estresse póstraumático (TEPT). Parte deles frequentou sessões de psicanálise e o restante não passou por nenhum tipo de psicoterapia. As imagens revelaram que o grupo que fez o tratamento apresentou maior atividade no córtex pré-frontal. Além disso, os pacientes mostraram- se menos aflitos ao falar sobre suas recordações e relataram menor frequência de pesadelos e pensamentos recorrentes.



O outro estudo, do Instituto de Psicologia da USP, avaliou os resultados da terapia cognitiva (TCC) e obteve dados parecidos. O psicólogo Julio Peres acompanhou por dois meses o tratamento de 16 voluntários com TEPT submetidos a sessões semanais de psicoterapia de exposição e reestruturação cognitiva, que consiste em confrontar o paciente com sua experiência traumática e estimulá-lo a reavaliar o próprio medo.
As neuroimagens registradas ao longo do experimento mostraram que a atividade da amígdala – região relacionada à vigilância, à percepção de ameaça e às emoções – diminuiu em comparação com o grupo de controle, formado por 11 pessoas. Esse experimento indica que o tratamento pode modificar circuitos neurais. Segundo Peres, as alterações concentram-se em áreas relacionadas a dores e dificuldades, o que evidencia o potencial terapêutico da psicoterapia.

Fonte: 
Revista Mente e Cerebro