Você não está sozinho. Você faz parte da nova geração que o mundo mobile criou: a geração de distraídos.
A tecnologia mobile nos permite estar conectado em todos os momentos.
Somos bombardeados por informações, jogos, aplicativos, e-mails, entre
notificações e mais notificações de nossos celulares. Esses objetos de
desejo e adoração, também são vistos como um vício.
- 37% de adultos e 60% de adolescentes do Reino Unido se consideram viciados em seus celulares.
- 35% acessam a internet antes de levantar da cama.
A hiperconectividade nos leva a distração. Somos
estimulados por todas as partes e acabamos por não prestando muita
atenção em nada. Já não lemos textos muito compridos, esquecemos
facilmente de algo porque recebemos outro tipo de estímulo.
O mundo online não é nada linear, e nossa atenção
está começando a se comportar da mesma maneira. Quando digo linear,
quero dizer na característica transmídia da internet, aonde podemos usar
vídeos e fotos para contar histórias. Os links também representam bem
esse pensamento não linear, pois permitem o leitor pular de texto para
texto e, muitas vezes, nunca terminar nada.
Percebeu como vira um ciclo?
Sem atenção cai a produtividade, cai a qualidade de qualquer que seja
a atividade que você está fazendo. E o que podemos fazer para resolver
esse problema?
Assim como o cérebro, atenção é um músculo, algo que
temos a capacidade de treinar. A geração dos distraídos também tem um
lado positivo. Essa geração é ágil, dinâmica, e tem a capacidade de
resolver problemas rapidamente. Não devemos deixar essas características
de lado, mas também devemos treinar no cérebro a pensar em longo prazo,
a focar e investir 100% em alguns momentos.
Sempre enfatizo a necessidade de desconectar-se. Desconecte-se!
Comece com coisas pequenas, como tomar um banho um pouco mais demorado,
ler um livro um pouco mais longo, olhar seu celular depois do café da
manhã, ou quem sabe meditar? O importante é tomar uma atitude para
quebrar o ciclo da distração.
Fonte: Revista Você/s.a