segunda-feira, 21 de outubro de 2013
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Trabalho em casa: mais office do que home
Entrevista concedida ao jornal O Estado RJ
Trabalho em casa: mais office do que home
Home office exige organização e disciplina como no trabalho convencional, diz especialista
Cada
vez mais comum no mundo moderno, o home office (trabalho em casa) vem
ganhando adeptos também no Brasil. Eliane Alves Bezerra, 36, por
exemplo, mora em São Paulo e trabalha em casa há oito anos, atuando com
mala direta na entrega de folhetos de propaganda. Mãe de quatro meninos e
uma menina, a empresária divide seu tempo entre o trabalho em casa e
atenção a seus filhos. “Não é muito fácil, mas eles colaboram muito
comigo. O mais velho já tem 16 anos e a mais nova, cinco anos, formamos
uma equipe”, diz.
Ao conciliar o home office
(trabalho em casa) e a gerência da família Eliane considera como desafio
entregar o trabalho correto no prazo certo. “O serviço nunca tem hora
para chegar, mas tem hora certa para sair, então é preciso ser rápida e
precisa em tudo, organizar o tempo é a base”, aponta.
Dados do censo 2010, realizado
pelo IBGE, revela que mais 30 milhões de brasileiros utilizam o
domicílio como local de trabalho. Esta modalidade tem sido uma das
alternativas mais utilizadas para o profissional que busca flexibilidade
na hora de executar tarefas, mais tempo com a família e redução do
estresse.
“Se o profissional que adotar o
home Office respeitar o tripé responsabilidade, profissionalismo e
organização, ele terá muitas vantagens, como melhoria em sua saúde
física e psíquica; redução de cobranças diretas; afastamento de
ambientes competitivos e aumento do tempo disponível para a família e
lazer”, comenta a instrutora de Recursos Humanos, Priscila Lucas da
Cunha.
Apesar da praticidade que o
home office oferece, alguns cuidados devem ser tomados na hora de optar
pela atividade. “Nessa modalidade de trabalho desculpas como meu
computador pifou, minha impressora está sem tinta, minha internet caiu,
são pouco tolerados e não transmitem confiabilidade. O profissional
também deve ter consciência que os custos relacionados à internet,
ligações telefônicas, energia elétrica e reparos por desgaste de
equipamentos podem aumentar”, analisa a instrutora. Portanto, ao
finalizar o contrato de trabalho é importante negociar estes pontos com o
empregador.
Manter o mesmo comportamento
do ambiente corporativo é a chave para o cumprimento da atividade. “O
paradigma não está no trabalho que agora é executado dentro de casa, mas
em sua casa que agora é seu escritório, ou seja, o local deve ser mais
Office do que Home, incluindo sua vestimenta. Pijamas estão fora de
cogitação. Imagine se inesperadamente você é contatado para participar
de uma reunião online? A etiqueta não pode ser deixada de lado”, alerta a
especialista.
Priscila diz que as vantagens
do home office estendem também ao empregador. Torna-se um aliado nesse
processo à medida que reduz consideravelmente o estresse causado pelos
longos congestionamentos nas grandes cidades, substituindo esse tempo
por horas de descanso e lazer. “Outras vantagens diretas para o
empregador incluem a redução dos gastos com transporte, consumo de
energia e infraestrutura, além do aumento de espaço físico”, relata
Priscila.
Como se candidatar para vagas de home office?
Atenção também quando optar
entre oportunidade de emprego e oportunidade de trabalho. “A primeira
está vinculada à contratação através da CLT e, portanto estabelece
vínculo empregatício e subordinação jurídica de acordo com a lei Lei
12.551/11”, explica Priscila. Quem escolher pelo trabalho em casa sem
perder direitos trabalhistas encontrará “oportunidades ofertadas pelo
mercado através das listas de emprego eletrônicas, nas próprias redes
sociais, nos jornais de grande circulação ou se inscrever na Sociedade
Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades”, orienta a instrutora.
Caso a preferência seja
oportunidade de trabalho, a instrutora de Rh destaca que as
oportunidades são infinitas e que depende da capacidade de cada um para
empreender. “Isso significa que o profissional deverá transformar sua
visão de mercado em oportunidades mediante a criação de soluções
organizacionais e apresentá-las para futuros compradores”, conclui.
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