Neste artigo:
- Conceito
-Obsessões
-Compulsões
- Fenomenos sensoriais
-Controle
-Vergonha e Segredo
-Interferência
-Sintomas Prolongados
-Quem desenvolve TOC ?
- Vídeo
O TOC é considerado hoje um transtorno crônico que afeta 2% da população mundial e está classificado no DSM-IV (Manual Diagnóstico de Doenças Mentais da Associação Americana de Psiquiatria, 4a edição) entre os transtornos de ansiedade, sendo necessário para o diagnóstico que as obsessões ou compulsões
causem sofrimento, consumam mais de uma hora por dia ou tragam prejuízo significativo na rotina, funcionamento ocupacional ou relacionamentos sociais do indivíduo.
- Conceito
-Obsessões
-Compulsões
- Fenomenos sensoriais
-Controle
-Vergonha e Segredo
-Interferência
-Sintomas Prolongados
-Quem desenvolve TOC ?
- Vídeo
Conceito
causem sofrimento, consumam mais de uma hora por dia ou tragam prejuízo significativo na rotina, funcionamento ocupacional ou relacionamentos sociais do indivíduo.
Psicopatologia: obsessões, compulsões, fenômenos sensoriais
Obsessões
Obsessões são idéias, imagens ou impulsos intrusivos, repetitivos e estereotipados. Podem ser de vários tipos, como por exemplo medo de contaminação, medo de executar um ato de agressão contra um parente querido, pensamentos sobre a necessidade de guardar ou colecionar algo, obsessões que envolvam blasfêmias e temas religiosos e obsessões com tema sexual.
Compulsões
Já as compulsões são comportamentos ou atos mentais que o indivíduo é levado a executar voluntariamente, em resposta a uma obsessão, para reduzir a ansiedade e o mal-estar ou para prevenir algum evento temido. Elas ocorrem na tentativa de aliviar o incômodo causado pelos pensamentos obsessivos.
São exemplos de compulsões:
lavagem excessiva das mãos, banhos demorados e ritualizados, acúmulo de objetos sem importância sem conseguir jogá-los fora, repetições das atividades diárias, como, por exemplo, entrar e sair pela porta, ligar e desligar aparelhos eletrônicos, verificação de portas, janelas, gás, fogão para se certificar que está tudo
em ordem.
lavagem excessiva das mãos, banhos demorados e ritualizados, acúmulo de objetos sem importância sem conseguir jogá-los fora, repetições das atividades diárias, como, por exemplo, entrar e sair pela porta, ligar e desligar aparelhos eletrônicos, verificação de portas, janelas, gás, fogão para se certificar que está tudo
em ordem.
Desta forma, o TOC poderia ser classificado por apresentar algumas características distintas, como por exemplo, o TOC ligado à presença de tiques ou de fenômenos sensoriais (Miguel et al., 2005).
Fenomenos sensoriais
Os fenômenos sensoriais são experiências físicas que precedem ou acompanham os tiques ou compulsões. São didaticamente classificados em: fenômenos sensoriais físicos (sensações físicas focais ou generalizadas, táteis, músculo-esqueléticas ou viscerais) e fenômenos sensoriais mentais (sensações desconfortáveis, como premência ou urgência, “ter que” fazer inexplicável, sensação de incompletude, necessidade de descarregar uma energia mental, percepção de não estar “em ordem”) (ibid., 2001).
Os fenômenos sensoriais são experiências físicas que precedem ou acompanham os tiques ou compulsões. São didaticamente classificados em: fenômenos sensoriais físicos (sensações físicas focais ou generalizadas, táteis, músculo-esqueléticas ou viscerais) e fenômenos sensoriais mentais (sensações desconfortáveis, como premência ou urgência, “ter que” fazer inexplicável, sensação de incompletude, necessidade de descarregar uma energia mental, percepção de não estar “em ordem”) (ibid., 2001).
Exemplos de fenômenos sensoriais são: sensação de partes do corpo com gordura ou óleo, o que leva a pessoa a se lavar até se livrar dessa sensação; sensação nos músculos, como “estofamento”, que leva a pessoa a tensionar os músculos; sensação de que os objetos precisam estar visualmente “em ordem” e precisam ser arrumados; sensação de energia interna que vai crescendo e precisa ser descarregada com a realização de algum comportamento repetitivo; e necessidade ou premência de repetir.
Também se sabe que os sintomas aumentam ou diminuem de acordo com a presença ou a ausência de estresse na vida do paciente. Quando a tensão é reduzida, pode melhora, enquanto o aumento do estresse ou a recorrência da situação desencadeante original piora os sintomas (Black, 1974).
Os sintomas do transtorno obsessivo-compulsivo frequentemente levam os pacientes a ter problemas de relacionamento e o diagnóstico de transtorno obsessivo-compulsivo está associado a um alto risco de divórcio e separação (Zetin & Kramer, 1992). A psicanálise e/ou psicoterapia psicanalítica, portanto, podem ser a modalidade eficaz de abordagem dos problemas de relacionamento.
Também se sabe que os sintomas aumentam ou diminuem de acordo com a presença ou a ausência de estresse na vida do paciente. Quando a tensão é reduzida, pode melhora, enquanto o aumento do estresse ou a recorrência da situação desencadeante original piora os sintomas (Black, 1974).
Os sintomas do transtorno obsessivo-compulsivo frequentemente levam os pacientes a ter problemas de relacionamento e o diagnóstico de transtorno obsessivo-compulsivo está associado a um alto risco de divórcio e separação (Zetin & Kramer, 1992). A psicanálise e/ou psicoterapia psicanalítica, portanto, podem ser a modalidade eficaz de abordagem dos problemas de relacionamento.
Controle
A maioria das pessoas com TOC esforça-se para se livrar dos indesejáveis pensamentos obsessivos e para evitar comportamentos compulsivos. Muitos são capazes de controlar seus sintomas obsessivo-compulsivos quando estão no trabalho ou na escola. Porém, com o passar do tempo, a resistência pode enfraquecer e, quando isso acontece, o TOC pode se tornar tão grave que os longos rituais passam a dominar a vida da pessoa, impossibilitando-a de continuar suas atividades fora de casa.
Vergonha e Segredo
As pessoas com TOC geralmente tentam esconder seu problema ao invés de procurar ajuda. Frequentemente conseguem esconder muito bem seus sintomas obsessivo-compulsivos dos amigos e colegas de trabalho. Uma infeliz conseqüência disso é que as pessoas com TOC só recebem ajuda profissional muitos anos após o início de sua doença. Nessa ocasião, os hábitos obsessivo-compulsivos podem estar profundamente arraigados e muito difíceis de mudar.
Interferência
Só se considera que uma pessoa tenha TOC quando seus comportamentos obsessivos e compulsivos atinjam gravidade suficiente para interferir em sua vida cotidiana. Pessoas com TOC não devem ser confundidas com um grupo muito maior de indivíduos que, às vezes, são chamados “compulsivos”, por se ater a um elevado padrão de desempenho em seu trabalho e até mesmo em atividade de lazer. Esse tipo de “compulsão” frequentemente serve a propósitos valiosos, contribuindo para a auto-estima do indivíduo e seu sucesso no trabalho. Nesse sentido, difere das obsessões e rituais que trazem limitação e sofrimento para a vida da pessoa com TOC.
Sintomas Prolongados
O TOC tende a persistir por muitos anos, até mesmo décadas. Os sintomas podem tornar-se menos graves de tempos em tempos, podendo haver longos intervalos com sintomas discretos. Em geral, o TOC é uma doença crônica.
Quem desenvolve TOC ?
O TOC aflige pessoas de todos os grupos étnicos. Tanto homens como mulheres são afetados. Os sintomas se iniciam caracteristicamente durante a adolescência ou no início da idade adulta.
Vídeo
Referências
Associação Brasileira de Síndrome de Tourette, Tiques e Transtorno Obsessivo Compulsivo
A clínica psicanalítica atual: obsessão, compulsão, fobia e pânico
Estado atual da clínica psiquiátrica do transtorno obsessivo-compulsivo
Revista latinoamaericana de psicopatologia fundamental março /2007
Revista Brasileira de Psicanálise