E quando a vida te atopela...

chega o momento de olhar para si

Onde existe amor...

existe união

A arte de fazer uma criança feliz

com a atitude de entender e ouvir

Uma boa escolha...

começa com uma mente sã

A dor do Amor que parte...

restando o amor

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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A liberdade de amar a moral que é preciso dar a vida por Fernando Pessoa




A Verdadeira Liberdade


A liberdade, sim, a liberdade!
A verdadeira liberdade!
Pensar sem desejos nem convicções.
Ser dono de si mesmo sem influência de romances!
Existir sem Freud nem aeroplanos,
Sem cabarets, nem na alma, sem velocidades, nem no cansaço!

A liberdade do vagar, do pensamento são, do amor às coisas naturais
A liberdade de amar a moral que é preciso dar à vida!
Como o luar quando as nuvens abrem
A grande liberdade cristã da minha infância que rezava
Estende de repente sobre a terra inteira o seu manto de prata para mim...
A liberdade, a lucidez, o raciocínio coerente,
A noção jurídica da alma dos outros como humana,
A alegria de ter estas coisas, e poder outra vez
Gozar os campos sem referência a coisa nenhuma
E beber água como se fosse todos os vinhos do mundo!

Passos todos passinhos de criança...
Sorriso da velha bondosa...
Apertar da mão do amigo [sério?]...
Que vida que tem sido a minha!
Quanto tempo de espera no apeadeiro!
Quanto viver pintado em impresso da vida!

Ah, tenho uma sede sã. Dêem-me a liberdade,
Dêem-ma no púcaro velho de ao pé do pote
Da casa do campo da minha velha infância...
Eu bebia e ele chiava,
Eu era fresco e ele era fresco,
E como eu não tinha nada que me ralasse, era livre.
Que é do púcaro e da inocência?
Que é de quem eu deveria ter sido?
E salvo este desejo de liberdade e de bem e de ar, que é de mim?

Álvaro de Campos
(Heterónimo de Fernando Pessoa)
Portugal- 1890



sexta-feira, 3 de outubro de 2014

E quando a vida te atropela é hora de olhar para si

Umas e outras 

...Estou com fome; Olho para o relógio; 13 horas; Vou almoçar.
“Toca o telefone” – Ok, antes das 15 horas esse documento estará na sua mesa.
Faço um mapa mental; - Tenho 5 minutos para chegar ao restaurante, como em 10 minutos, pago a conta em 5 minutos e mais 5 para chegar ao escritório. Vai dar tempo...
 – Pessoal, vou almoçar.
Enquanto espero o elevador, aproveito e ligo para a minha mãe. Ela sempre reclama que eu não ligo. – Mãe, tudo bem?
Como se não tivesse problema suficiente, agora mais esse.
- Nossa, demorei mais do que 5 minutos; a fila para pagar está imensa! Terei que comer mais uma vez um sanduiche... Assim não tem dieta que resista.
Pelo menos cheguei em 35 minutos. Tenho 1 hora e meia para elaborar esse documento. O sono aperta; Preciso escovar os dentes; Não dá. Vou apelar para o chiclete. Ai,minha gastrite está gritando.
“Toca o telefone”- Ainda não está pronto, mais alguns minutos.. sim, fui almoçar rapidinho, mas isso não vai comprometer meu prazo. Como prometido, antes das 15 estará em sua mesa.
 Não encontro meus arquivos, a dor de estomago aumenta e junto com ela o sono está me embriagando. Café! Esse meu amigo sempre me salva.
“Toca o telefone”- Não, eu não comprei seu suco e quer saber, nem vou comprar. Não tenho tempo nem para pintar meu cabelo, como você quer que eu tenha tempo para comprar seu suco. Aproveita e passa no supermercado e compra sabonete, papel higiênico, pão e alguma outra coisa comestível para mim porque não sei o que é comida há alguns dias. E não me venha com comida congelada porque tem um vulcão no meu estomago prestes a explodir.
Tenho 30 minutos para finalizar isso aqui. Vai dar tempo.
- Pois não? Reunião, agora? Só um momento, preciso finalizar esse documento e entregar para meu gestor. – Mas,.....
- Senhor, surgiu uma reunião de urgência, poderia entregar seu documento assim que termina-la? Certo, darei um jeito.
- Pessoal, realmente preciso terminar isso agora.
Preciso escovar os dentes e ir ao banheiro. Não dá! Ufa, terminei! No caminho passo no banheiro.
- Mas essa porta da sala de reunião tinha que abrir no exato momento que estava entrando no banheiro?!
- Não obrigada, não quero água. Não, café também não... Tenho a sensação que minha bexiga vai explodir e levar meu estomago junto!
- Ok gente, até a próxima. Fila no banheiro, ninguém merece!
Conseguiiiiiii! Eeeeeeesse ééé ooo melhoooor moomentooo do muuundooo....

18 horas. Estou sonhando com um prato de comida e minha cama.
Preciso terminar isso...
20 horas. Agora não dá mais, preciso ir para casa.
Essas buzinas me enlouquecem, esse transito me adoece. Estou enjoada desse ônibus cheio e abafado. Porque quando chove as pessoas fecham todas as janelas?
- Não posso falar agora, estou em pé no ônibus. Fala rápido! Como você não sabe a marca do pão?! O que eu quero comer? Use sua criatividade, já disse que não como há dias. Dá seu jeito. Não temos dinheiro para pedir comida.
Eu aqui em pé e pensando que daqui a 10 horas estarei de volta ao trabalho... Preciso dar um jeito na minha vida.
Esse facebook é sempre a mesma coisa. Vou jogar, pelo menos me distraio.
- Cheguei! O que você comprou para eu comer? Pelo menos acertou dessa vez. Não quero vinho, obrigada. Meu estomago está doendo.
Adoraria conseguir conversar com você, mas não estou conseguindo controlar meus olhos. Preciso dormir.
- Sim, todo dia chego tarde. Vou fazer o que? Preciso trabalhar! As contas não param de chegar. No final de semana, eu prometo a você.
Nossa, preciso pintar esse teto. Na verdade, preciso pintar a casa. Não tenho dinheiro agora. Droga, esqueci de ligar para minha mãe. Tenho que fazer minha unha urgente. Como meu cabelo está ressecado. Esqueci de tirar a roupa da máquina. Será que estou sendo traída? Preciso arrumar uma forma de ganhar mais dinheiro. Não queria ter discutido com meu pai. Meu deus, tinha que ter passado aquele e-mail.  Meus filhos me odeiam. Sou uma péssima mãe. Acho que hoje vou precisar tomar remédio.
Que sonho estranho. Que música é essa?! No melhor do sono esse celular toca. Mais 5 minutos.
- Droga, perdi a hora. Não para de chover. Vou chegar atrasada.
- Esqueci de passar minha roupa.
-Porque você não me acordou?!
- Eu sei lá onde estão os seus sapatos. Se você fosse tivesse organização não teria perdido.
- Oi, tudo bem. Só para avisar que chegarei um pouco atrasada, porque está muito transito.
Vida medíocre. Cansei. Vou vender coco na praia.

A grande maioria tem um pouco de “umas e outras”. São tantas exigências que um dia nos vemos em colapso. Desejo de abandonar tudo, por mais que esse tudo seja repleto de pessoas que você ama.
Perder-se de si mesmo. Não entender os rumos que a vida tomou. Olhar para trás e não entender porque traçou esse caminho. Questionar escolhas. Que bom seria se a vida tivesse um botão redial. Fazer tudo diferente, mas agora com a bagagem de conhecimento. Sempre há tempo para mudar.
Pressione o F5 da vida e seja feliz!



terça-feira, 30 de setembro de 2014

Traumas de infancia


Entendendo o trauma do Pacman


Elaborando os traumas de infancia


Término de sessão

Uma charge bem humorada representando o término de uma sessão terapêutica. Normalmente a sessão tem horários bem delimitados de duração.

Telefones


Como é o tratamento com crianças?

A seguir você encontrará algumas respostas aos questionamentos mais comuns sobre o processo terapêutico, explicado de forma clara, sucinta e simples para o grande público
Este espaço não se propõe a servir de referência bibliográfica por seu conteúdo reducionista.
Ao final de cada resposta, você encontrará links de acesso úteis a quem desejar informações mais detalhadas.

Perguntas frequentes
Como é o tratamento com crianças?



Inicialmente é realizada uma entrevista preliminar com a família ou com pessoas que o psicólogo entenda que sejam mais adequadas, a fim de traçar a história desta criança e compreender seus sintomas. Finalizado o processo, inicia-se o tratamento, que consiste em sessões de Ludoterapia de aproximadamente 50 minutos, somente com a criança. Quando necessário é solicitada a presença da família. 

 A ludoterapia é uma forma de psicoterapia adaptada para o tratamento infantil, onde mediante brincadeiras, a  criança projeta seu "eu" interior com maior facilidade, possibilitando a compreensão dos seus conflitos e dificuldades e ajudando-a a encontrar soluções integradoras para esse sofrimento. Através do lúdico, o psicólogo  interpreta essas projeções e compreende o mundo interno da criança. A brincadeira é o instrumento facilitador desse processo, a medida que  quanto menor a criança, mais difícil é para ela verbalizar adequadamente seus conflitos.  
No decorrer do processo, o psicólogo realiza pequenos encontros com os familiares para fornecer feedback, alinhar o tratamento ou prover orientações.

Qual a função da terapia?

A seguir você encontrará algumas respostas aos questionamentos mais comuns sobre o processo terapêutico, explicado de forma clara, sucinta e simples para o grande público
Este espaço não se propõe a servir de referência bibliográfica por seu conteúdo reducionista.
Ao final de cada resposta, você encontrará links de acesso úteis a quem desejar informações mais detalhadas.

Perguntas frequentes
Qual a função da terapia?

A terapia é um processo de intervenção psicológica que utiliza técnicas especializadas de apoio, escuta e reformulação com o objetivo de oferecer ajuda especializada e contínua a pessoas que vivem algum tipo de problemática. Permitem que a pessoa desenvolva um olhar diferenciado para suas atitudes e conseqüentemente uma mudança de status em sua forma de conduzir as diversas situações de sua vida. Uma pessoa com mais consciência de seus comportamentos e de si torna-se um sujeito mais fortalecido e capaz de atingir seus objetivos de vida.
A rigor, tem a função de encontrar agentes causadores de um determinado problema buscando sua solução. 

 Para maiores informações:

Em que situações devo recorrer a um psicólogo?

A seguir você encontrará algumas respostas aos questionamentos mais comuns sobre o processo terapêutico, explicado de forma clara, sucinta e simples para o grande público.
Este espaço não se propõe a servir de referência bibliográfica por seu conteúdo reducionista.
Ao final de cada resposta, você encontrará links de acesso úteis a quem desejar informações mais detalhadas.


Perguntas frequentes
Em que situações devo recorrer a um psicólogo?



Se você chegou até aqui é porque está em busca de uma solução para algum problema, seja seu ou de uma pessoa próxima a você, no entanto, um aspecto em comum conjuga essa decisão: o sofrimento. Quando ele surge achamos que podemos lidar sozinhos com ele, mas com o passar do tempo, ele acaba aumentando e prejudicando nossa vida, social, laboral e pessoal. Normalmente a pessoa só procura o psicólogo quando o grau de sofrimento chega a um nível elevado, ou seja, quando ela se dá conta de que sozinha não conseguirá resolve-lo.  
Ainda percebem o Psicólogo como um artigo de luxo e custoso. Atualmente vivemos na era do uso desenfreado de psicofármacos.  Lexotan e Frontal encabeçam as listas dos 5 mais vendidos.  O mundo está propício ao adoecimento, em função da excessiva exigência que somos acometidos, desencadeando uma legião de adeptos a medicina ortodoxa do uso exclusivo de medicamentos como a solução para os problemas psicológicos.
A medicação em alguns casos é sim necessária e fundamental, mas somente em alguns casos. Sozinha ela não cura e sim ameniza os sintomas, como o sofrimento por exemplo.  A causa do sofrimento continuará ali, porque de fato, ele não foi tratado e sim amortizado para que a pessoa possa seguir em frente, mas não é uma porção mágica que faz com que o sofrimento suma. Por isso quando alguns interrompem o tratamento, as sensações desagradáveis retornam. A terapia irá tratar a causa do problema; A medicação irá tratar somente dos sintomas.

Para maiores informações:


O que o psicólogo faz?

A seguir você encontrará algumas respostas aos questionamentos mais comuns sobre o processo terapêutico, explicado de forma clara, sucinta e simples para o grande público
Este espaço não se propõe a servir de referência bibliográfica por seu conteúdo reducionista. Ao final de cada resposta, você encontrará links de acesso úteis a quem desejar informações mais detalhadas.


Perguntas frequentes
O que o psicólogo faz?


Estudam, pesquisam e avaliam o desenvolvimento emocional e os processos mentais e sociais de indivíduos, grupos e instituições, com a finalidade de análise, tratamento, orientação e educação; diagnosticam e avaliam distúrbios emocionais e mentais e de adaptação social, elucidando conflitos e questões e acompanhando o(s) paciente(s) durante o processo de tratamento ou cura; investigam os fatores inconscientes do comportamento individual e grupal, tornando-os conscientes; desenvolvem pesquisas experimentais, teóricas e clínicas e coordenam equipes e atividades de área e afins.




Para maiores informações:


Quais são as técnicas alternativas permitidas para o trabalho do psicólogo?

A seguir você encontrará algumas respostas aos questionamentos mais comuns sobre o processo terapêutico, explicado de forma clara, sucinta e simples para o grande público

Este espaço não se propõe a servir de referência bibliográfica por seu conteúdo reducionista.
Ao final de cada resposta, você encontrará links de acesso úteis a quem desejar informações mais detalhadas.


Perguntas frequentes
Quais são as técnicas alternativas permitidas para o trabalho do psicólogo?





O Conselho federal de Psicologia (CFP) não possui uma lista com ditas técnicas alternativas. Além disso, desde a Resolução CFP nº 10/97, chamamos essas técnicas alternativas de práticas que não estejam de acordo com os critérios científicos estabelecidos no campo da Psicologia. Nesta Resolução, encontra-se que é permitido ao Psicólogo vincular, mediante publicidade, somente práticas já reconhecidas como próprias do profissional Psicólogo e que estejam de acordo com os critérios científicos.
Essas “técnicas” ou práticas não reconhecidas, por não terem comprovação científica também não possuem legislação. O CFP emite Resoluções na medida em que são reconhecidas práticas que estejam de acordo com os critérios científicos. Nesse sentido, temos a Resolução CFP 005/2002 que dispõe sobre a prática da Acupuntura pelo psicólogo e a Resolução CFP 13/2000 que dispõe sobre o uso da Hipnose como recurso auxiliar de trabalho do psicólogo. Ou seja, essas práticas não são o “carro chefe” do trabalho, mas se apresentam como auxílio no trabalho.
Assim, de acordo com o Código de ética, o Psicólogo não pode vincular o título de psicólogo a serviços de atendimento psicológico cujos procedimentos, técnicas e meios que não estejam regulamentados e reconhecidos pela profissão, neste caso, havendo denúncia, o psicólogo poderá sofrer processo ético.



Para maiores informações

Devo procurar um psicólogo ou um psiquiatra?

A seguir você encontrará algumas respostas aos questionamentos mais comuns sobre o processo terapêutico, explicado de forma clara, sucinta e simples para o grande público
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Ao final de cada resposta, você encontrará links de acesso úteis a quem desejar informações mais detalhadas.


Perguntas frequentes
Devo procurar um psicólogo ou um psiquiatra?




Sendo um ou outro este profissional, se necessário, fará o encaminhamento mais adequado ao seu caso. O importante a ressaltar é que cada caso é um caso em particular. Não é porque um conhecido que aparentemente tem os mesmos sintomas foi a um dado profissional que o seu caso terá o mesmo encaminhamento.

De uma forma geral, o psiquiatra o ajudará com o recurso da medicação. Ela será um instrumento terapêutico auxiliar e não o único recurso. Na maioria dos casos, o paciente acompanhado por um psiquiatra, também tem o acompanhamento de um psicólogo, mas nem sempre um paciente acompanhado por um Psicólogo precisa de um acompanhamento psiquiátrico.

Vale ressaltar que estamos mencionando o tratamento psiquiátrico padrão, ou seja, uma consulta médica, onde o paciente relata o seu problema e o médico receita a medicação adequada. No entanto, como já relatamos, existem os psiquiatras que também se utilizam da psicanálise. Desta forma, o tratamento deixa de ser uma consulta médica e passa ao status de tratamento psicoterápico.


Para maiores informações: 

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

História do bairro da Tijuca




Na época do descobrimento do Brasil, os primeiros exploradores que chegaram nesta região ouviram dos índios a expressão "Tijuca", que na língua tupi quer dizer charco, pântano, alagadiço. De fato toda área ao pé no maciço da Tijuca e da serra do Andaraí era um grande pântano, que até o governo do marquês de Pombal, administrador da colônia no reinado de dom José I, pertencia aos jesuítas.

O terreno entre o Rio Comprido e Inhaúma foi dado à Sociedade de Jesus graças a uma interferência de Mem de Sá, que esperava que os padres pudessem tirar sustento dessas terras para assim levar adiante os trabalhos da igreja. Os jesuítas montaram então, por volta de 1583, três engenhos de açúcar na região: o primeiro passou a se chamar Engenho Velho; o segundo, Engenho Novo, foi construído um pouco mais ao norte, e o terceiro foi chamado de São Cristóvão. Ao lado do Engenho Velho os padres fundaram na mesma época a igreja de São Francisco Xavier, que está no mesmo local até hoje. Em 1759, os jesuítas foram expulsos do país, e a grande sesmaria, batizada de Iguaçu, foi vendida pelo governo a centenas de novos sitiantes.

Para se ter uma idéia de vastidão dessas terras basta dizer que hoje estão nelas os bairros do Rio Comprido, Estácio, São Cristóvão, maracanã, Tijuca, Vila Isabel, Grajaú, Andaraí, Engenho Novo, Méier e Benfica. Mais precisamente no Engenho Velho, passou a florescer então um bairro de chácaras, palacetes e vivendas, que pertenciam a nobres e estrangeiros abastados. Muitos desses nobres se estabeleceram e aumentaram suas fortunas com base na exploração da área.

Cafezais foram plantados ao extremo, chegando ao ponto de se devastar a Mata Atlântica, assustando o Imperador dom Pedro II, que no dia 11 de dezembro de 1861 determinou o replantio total da floresta, ato que desaguou na criação da maior floresta urbana do mundo. A própria Imperatriz Leopoldina, dada a estudos de botânica, passou a subir pelo antigo caminho da fazenda, depois chamado de Estrada Velha, Estrada Nova, e hoje, avenida Edson Passos, para aproveitar a beleza e a tranqüilidade da floresta.

Neste paraíso dentro da cidade, foi criado o Parque Nacional da Tijuca. Mas enquanto a história se desenrolava no alto dos seus morros, a Tijuca crescia e virava um bairro tradicional. Em 1859, os primeiros bondes da América do Sul trafegaram de forma experimental no bairro. Eram carros de tração animal da Companhia de Carris de Ferro da Cidade à Boa Vista, chamados de "carros da Tijuca" ou "maxabombas". Dez anos depois, começaram na cidade os serviços regulares de bondes puxados por burros, com a linha inicial indo do Centro ao Largo do Machado. A implantação dos bondes de tração animal popularizou os passeios à Tijuca.

A chegada do bonde elétrico foi em 1892, numa linha que pertencia à Companhia Ferro-Carril do Jardim Botânico, e levava os passageiros do largo da Carioca até a rua Dois de Dezembro. A população se assustou com a inovação. E uma inscrição teve que ser colocada nos espaldares dos bancos: "a corrente elétrica nenhum perigo oferece aos senhores passageiros".

Vários pontos da Tijuca ganharam seus nomes graças ao bonde. A Muda se chama assim por causa da parada que se fazia ali para que os animais cansados fossem trocados por outros, e se pudesse seguir caminho para o Alto da Boa Vista. A Usina, outro loca famoso, tem este nome porque naquele trecho se situava uma usina termoelétrica. Era lá onde os bondes davam a volta para percorrer de novo o bairro.




A Tijuca também fez histórias com os seus cinemas. Em 26 de outubro de 1907, era 

inaugurado na rua Haddock Lobo, número 27, o primeiro cinema da região, o Pathé Cinematográfico. Até o final daquela década, mais nove cinemas foram abertos na Tijuca. Se confirmava a fama do bairro de Broadway tupiniquim. Até mesmo o velho e feio largo da Fábrica Chitas , que passou a se chamar praça Saens Peña em 1911, em homenagem ao presidente argentino, ficou mais bonito com a proliferação dos cinemas. O auge aconteceu na década de 1940, quando foi inaugurado nesta mesma praça o cinema Olinda, o maior do Brasil, com 3.500 lugares.

Na década seguinte a Tijuca veria a decadência dos cinemas e o apogeu do futebol. Em 1950 era aberto às margens do rio Maracanã, o estádio Mário Filho, o maior do mundo. O futebol já recebia grandes clássicos no estádio do América Futebol Clube, na rua Campos Sales, mas com a construção do gigantesco complexo esportivo, o bairro jamais seria o mesmo. Os domingos ficaram mais alegres e festivos. Com o regime militar, a Tijuca, que sempre teve nos seus moradores representantes do conservadorismo, talvez por causa da estreita relação com a nobreza imperial no século XIX, abrigou alguns capítulos negros da história do Brasil. Era lá, no 1º Batalhão da Polícia do Exército, que soldados eram treinados para a repressão. Mas a fase negra do bairro passou. E hoje, em meio ao caótico murmurinho de suas ruas centrais e a tranqüilidade inabalável de suas florestas, passeiam os moradores sempre prontos a dar informações, contar casos, e fazer, dia-a-dia, a história da Tijuca.

Fonte: Este texto é parte do guia Tijuca, pertencente à coleção Bairros do Rio, publicado pela Editora Fraiha [fraiha@dh.com.br]

História do bairro de Copacabana





Na península de Copacabana, ao Sul do lago Titicaca, entre os países do Peru e da Bolívia existe uma capela onde está uma imagem da Virgem Maria, supostamente milagrosa. Uma réplica dessa imagem foi mandada para o Rio de Janeiroque construíu uma capela, no local onde hoje é o Posto Seis, e foi dedicada a Nossa Senhora de Copacabana, surgindo o nome do bairro.
Há várias hipóteses sobre o significado do nome: uma diz que vem da língua quíchua, falada no Império Inca e significaria “lugar luminoso”, “praia azul” ou “mirante do azul”; já outra diz que vem da língua aimará falada na Bolívia significando “vista do lago” (kota kahuana).
 

Somente com a inauguração de um túnel no Morro de Vila Rica, o Túnel Velho, em 1892, é que Copacabana começou a se integrar com o resto da cidade. Com a ampliação das linhas de bonde, o bairro foi ganhando ruas e casas, e a Avenida Atlântica foi criada beirando a orla, em 1906. O Hotel Copacabana Palace, um dos símbolos do bairro e do país, foi inaugurado em 1923.


O Forte de Copacabana
A construção de uma fortificação começou quando a capital do país foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, em 1763. Mas o forte só recebeu artilharia em 1823, na época da Guerra de Independência do Brasil, para defender a capital de um ataque da Armada Portuguesa. A fortificação definitiva só veio quando o Marechal Hermes da Fonseca se tornou Ministro da Guerra. Muito presente na história do país, o lugar foi palco do levante dos “Dezoito do Forte” em 1922. Em 1964, a guarnição do forte não aderiu ao movimento militar e teve de ser tomada por uma força de terra. Nos anos seguintes, durante o regime militar, serviu como presídio político. A partir de 1987, com a extinção das Baterias de Artilharia de Costa, as instalações do Forte viraram um Espaço Cultural


Fonte: bbrasil
Historia dos bairros